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Lançada 6ª edição da revista Maturi, na Livraria Nobel



Foi lançado, no último dia 17, na livraria Nobel, da Avenida Salgado Filho, a sexta edição da revista Maturi, em sua nova roupagem. A edição é patrocinada pela Cosern, através da Lei de Incentivo à Cultura Câmara Cascudo, da Fundação José Augusto (FJA), cujo edital foi lançado ainda na gestão de Crispiniano Neto.
A revista, que foi criada pelo pesquisador Aucides Sales, em 1976, sai com 44 páginas, encerrando o projeto que foi iniciado em 2008. A Maturi, cujo nome significa “o que está para vir” (além de ser o nome de um marisco e da castanha de caju ainda verde), foi criada pelo Grupo de Pesquisa e Histórias em Quadrinhos (Grupehq), fundado em 1971 e que continua em plena produção de quadrinhos.
Com um formato reduzido (12cm x 8cm), periodicidade irregular e conteúdo de caráter underground, a Maturi circulava nos movimentos culturais alternativos e universitários em Natal e em outros estados, nas décadas de 70 e 80. Dezenas de números já foram publicados, em vários tamanhos e temáticas. Passou por várias fases até atingir o atual formato.
A publicação serviu de abrigo e canal de divulgação para os quadrinistas potiguares. Segundo Milena Azevedo, os membros do Grupehq buscaram mostrar a riqueza da cultura nordestina e, em particular, realçar as particularidades visuais que só o RN tem: seu relevo e vegetação, cenários urbanos e rurais, tradições, lendas e eventos históricos, a fala e os trejeitos do povo potiguar.
O Grupehq também abriu espaço para que a revista servisse de vitrine para vários desenhistas e roteiristas, priorizando sempre o espírito cooperativo e o profissionalismo no respeito à proposta do projeto, produzindo uma publicação com conteúdo e qualidade.
No total vinte e oito artistas participaram da revista. “As diferentes técnicas, gêneros e estilos nos desenhos dos participantes evidenciam a diversidade e a pluralidade dos quadrinistas do RN. O projeto foi vitorioso, fato que pode ser comprovado pela premiação e repercussão na mídia especializada”, elogia Milena.
A publicação traz as seguintes histórias em quadrinhos: “O Fantasma da Afonso Pena”, de Carlos Alberto; “A lenda das cobras gigantes”, do saudoso Edmar Viana em parceria com Aucides Sales; “Zilomar”, de Ivan Cabral, numa adaptação livre do poema “Elegia” da poetisa Zila Mamede; “Eu vejo a cidade”, de Francisco Eduardo, com texto de Luiz Élson; “Sacinagens”, de Márcio Coelho; “Ataque à Fortaleza”, de Jameson Magalhães; “Soledade”, de Gilvan Lira; “Quixaba”, do artista curraisnovense João Antônio (que conquistou o 1º lugar na categoria aventura, humor e ficção do Prêmio de Quadrinhos Moacyr Cirne, edição 2009, realizado pela FJA – cuja premiação ainda não foi paga, diga-se de passagem! Mas isso é outra história); e “Estrela do Mar”, de Williandi Albuquerque.   
A sexta edição da Maturi é vista pelo meio como especial, pois além de completar mais um ciclo dos quadrinhos no RN tem o privilegio do retorno de alguns artistas que enaltecem ainda mais a qualidade da arte seqüencial potiguar. 

Foto: Rômulo Estânrley

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