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Amanda Gurgel e a saga do PSTU: de partido "nanico" e "radical" à bancada na Câmara de Natal




Cefas Carvalho

De partidos “nanicos” e alvo de piadas pelo radicalismo à formação de uma bancada na Câmara Municipal de Natal com direito a vereadora mais votada da história da capital. Esta é a saga vivida pelo PSTU e pelo PSOL, siglas sempre identificadas com a extrema esquerda e com radicalismo. A nova fase dos dois partidos teve início com a divulgação do resultado das eleições do domingo dia 7, quando se aferiu que a professora Amanda Gurgel (PSTU) havia conquistado 32.819 votos, recorde absoluto para a Câmara natelense (o campeão anterior havia sido Paulo Wagner em 2008 com 14 mil votos).
Mas, a votação de Amanda não foi apenas simbólica. O número de votos “arrastou”, graças ao coeficienteeleitoral, mais dois candidatos da coligação para o Legislativo: Sandro Pimentel (com 1.398 votos) e Marcos do PSOL (com 717). Para se ter idéia, Ney Lopes Jr. e Professor Luis Carlos com 3.925 e 3.779 votos respectivamente, não se elegaram porque suas coligações não tiveram justamente coeficiente para incluí-los.

PROTESTO
Conhecida como a “professora que deu uma bronca nos deputados” em uma audiência pública na Assembléia Legislativa, Amanda fez uma campanha baseada nas redes sociais e no contato direto com sindicatos, artistas e universitários. Havia no mundo político a expectativa que ela fosse eleita. A surpresa foi a votação maiúscula, resultadonão apenas das qualidades de Amanda mas o desencanto do eleitor com os vereadores atuais, os candidatos ao cargo e em última instância com a gestão atual (prefeita Micarla de Souza). Entre oseleitores de Amanda é que ela funcione como uma versão potiguar da ex-senadora alagoana Heloísa Helena. É esperar para ver.


Foto: Divulgação (arquivo pessoal)

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