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Cultura do "depois do Carnaval" faz ano político começar agora

Cefas Carvalho

“Depois do carnaval”. Essa frase era a mais ouvida até semana passada quando se perguntava a algum político qual o seu projeto para 2012. Nada mais natural. Se faz parte da cultura brasileira “deixar para depois do carnaval” problemas, decisões e ações, o mundo político usa este expediente com ainda mais convicção.
Contudo, passado o carnaval (e chegada a hora da pré-campanha e das convenções partidárias) muitos políticos que vinham “empurrando com a barriga” decisões a serem tomadas terão que “tirar as máscaras” e partir para o jogo da verdade, pelo menos parte dela.
O caso mais emblemático, neste sentido, é o da ex-governadora Wilma de Faria. Cotada para se candidatar à prefeita de Natal (cargo que ocupou por três vezes), Wilma vem adiando uma posição sobre a candidatura e se abraçou ao carnaval para procrastinar suas decisões. Com o fim da festa momesca, aliados, correligionários e eleitores começam a pressionar a “Guerreira” para que revele se é ou não candidata.
Mas, também chama à atenção o caso da prefeita de Natal Micarla de Sousa. Patinando em índices assustadores de rejeição administrativa, Micarla, mais que aproveitar o carnaval para não tomar decisões, viajou para os EUA. Porém, já sinalizou que o fim do carnaval não significa muito para ela. Vai dizer se será candidata à reeleição ou não somente em maio.
O fim do carnaval também significa novo e decisivo para Hermano Morais e Rogério Marinho. Ambos sabem que, agora, com o fim da festa e o ano “começando de verdade”, é que a viabilidade de suas candidaturas a prefeito de Natal serão avaliadas e agora commeçará de fato a batalha para que, tanto um como outro, mantenham-nas vivas. Em suma: após a quarta-feira de cinzas, o ano começou para a classe política potiguar.

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