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Paulo Wagner e Gilson Moura: Guerra interna do PV em Parnamirim?

Cefas Carvalho

Há pouco mais de um mês, o deputado estadual Gilson Moura (PV) deu entrevista a este PN garantindo que sua candidatura a prefeito de Parnamirim estava consolidada e era irreversível. Nada mais natural, pois em 2008 travou uma acirrada batalha contra Maurício Marques (PDT) que foi eleito prefeito, mas por pequena diferença de votos.
Contudo, um fato novo mudou o cenário político em Parnamirim. Trata-se da mudança de domicílio eleitoral do deputado Paulo Wagner (PV), de Natal para Parnamirim.
A primeira pergunta a ser feita é a seguinte: por que o PV, que tem em Gilson um candidato com votos e força eleitoral, precisa de outro nome forte em votos no mesmo município?
A primeira resposta que veio à mente dos analistas políticos teve a ver com estratégia eleitoral. Com Wagner eleito prefeito, quem assume sua vaga na Câmara Federal é Rosy de Sousa, irmã da prefeita de Natal, Micarla de Sousa.
Trataria-se de uma “fritura” interna do nome de Gilson, portanto. Em prol de um projeto político pessoal-familiar.
O que causou estranheza até agora foi o silêncio dos envolvidos sobre o assunto. Em mais de uma ocasião, Wagner disse que não abdicaria do mandato de deputado. Se pensa assim, por que transferir o título para Parnamirim?
Já Gilson, possivelmente acuado com a repercussão da prisão e divulgação do escândalo de corrupção envolvendo um apadrinhado dele, ex-diretor do Ipem Richardson de Macedo, preferiu “mergulhar”. Não dá entrevistas, não comenta o assunto.
Há quem acredite que o escândalo não afetaria Gilson em grande parcela do eleitorado dele. Neste caso, Gilson poderia reagir contra a possível “fritura”. Como Paulo também mantém o silêncio, fica a pergunta: quem será o candidato do PV a prefeito de Parnamirim?

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