A campanha para o Senado de 2014 já começou. Se não para o eleitor nem para boa parte dos políticos mais preocupados com 2012, pelo menos para uma pessoa: o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB).
O filho de Aluízio Alves mobilizou a cena política na semana passada com um acordo que teria feito com o senador José Agripino com o objetivo de isolar o vice-governador Robinson Faria.
A intenção de Henrique não é sutil. Robinson é um dos possíveis candidatos ao Senado em 2014. Cargo que Henrique ambiciona. Fazendo um acordo com vistas a 2014, Henrique antecipa de forma brutal a eleição para o Senado naquele ano.
Na verdade, Henrique está se aproximando do governo para ter o apoio da governadora Rosalba Ciarlini e de Agripino ao seu projeto de se eleger senador.
Mas, é pouco provável que Robinson vá aceitar passivamente essa manobra. Quando deixou o Governo Wilma para aderir à chapa de Rosalba, Robinson teria recebido garantias de apoio para seu projeto de chegar ao Senado.
Em meio ao imbróglio entre Henrique e Robinson, surge um vácuo para a possível candidatura de Fátima Bezerra (PT) ao Senado. Setores do PT avaliam que se o Governo Federal estiver bem avaliado e Dilma liderando a corrida eleitoral, Fátima pode ter chances reais de ser eleita, aproveitando também o bom desempenho como federal e o resultado dos atritos da guerra Henrique-Robinson.
Outro postulante - pelo menos em 2010 - ao Senado em 2014 era o deputado federal João Maia (PR), que, vitimado por escândalos envolvendo familiares, “mergulhou” politicamente e deve estar abandonando o sonho de tornar-se senador. A disputa pela única vaga ao Senado deve ficar entre Henrique, Robinson e Fátima.
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