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Boas gestões em presidências de Câmaras cacifa vereadores para vôos mais altos

José Pinto Junior e
Cefas Carvalho


Cargo tradicionalmente ambicionado e disputado, a presidência de uma câmara municipal traz poderes e beneficios para quem a ocupa. O presidente do Legislativo tem o poder de priorizar ou adiar votações, de comandar a pauta e os trabalhos da mesa e de reportar ao Executivo.
Contudo, nos últimos anos, outra vantagem salta aos olhos: presidir uma Câmara mostrando serviço pode render politicamente.
Na Região Metropolitana de Natal, duas provas disso são visíveis.
Os atuais vice-prefeitos das duas principais cidades da RMN presidiram as Câmaras Municipais com eficiência.
Em Natal, Paulinho Freire se projetou politicamente como presidente do Legislativo Municipal, tornando-se deputado estadual e depois, tendo sido eleito vice-prefeito na chapa de Micarla de Sousa.
Em Parnamirim, Epifânio Bezerra fez elogiada administração na Câmara e teve seu nome lembrado para fazer companhia ao então candidato a prefeito Maurício Marques.
Quando Epifânio entrou na disputa, Maurício estava bem atrás do adversário Gilson Moura, segundo as pesquisas de intenção de voto. O próprio Maurício reconheceu em diversas ocasiões a importância de Epifânio naquele momento.
VÔOS MAIS ALTOS?
Atualmente, faltando um ano para as eleições municipais, o desempenho de alguns presidentes de câmaras nos últimos dois anos e meio podem estar os cacifando para vôos maiores. Parece ser o caso de Eugênio Gondim, em Nísia Floresta e Kéricles Alves - o Kerinho - em São José de Mipibu.
Eugênio realizou audiências públicas, dinamizou a Câmara e mostrou-se ser o candidato mais viável à sucessão do prefeito George Ney Ferreira, que já sinalizou que poderá apoiar Eugênio. Como a oposição no município não mostra robusteza, uma eleição de Eugênio como prefeito parece uma realidade palpável.
Em São José de Mipibu, Kerinho também dinamizou a Câmara e mostrou-se bom articulador político, surgindo como o favorito para receber o apoio da prefeita Norma Ferreira e do grupo à sucessão desta. Só que, se viabilizar a candidatura, ele terá um adversário duro pela frente: o ex-prefeito e ex-deputado Arlindo Dantas.
Se forem eleitos, Eugênio e Kerinho poderão mostrar aos presidentes de câmaras a partir de 2013 que investir em gestões modernas e dinâmicas à frente dos legislativos pode render dividendos políticos.

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