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Problemas de Henrique podem "dar de presente" presidência do Senado para Garibaldi


Cefas Carvalho

No anedotário polítco potiguar, há muito corre a lenda de que o senador reeleito Garibaldi Alves Filho foi bafejado com a sorte. Não que se questione a competência política do ex-prefeito de Natal e ex-governador, mas, o fato é que as circunstâncias parecem conspirar sempre a favor de “Gari”.
Prova disto é a especulação para as eleições das mesas diretoras da Câmara Federela e o Senado no início de 2011. Antes da eleição, o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB) era tido como o franco-favorito para presidir a Câmara em caso da vitória de Dilma. Deputado mais antigo na Câmara, articulador, um dos líderes do PMDB e dono de bom relacionamento com Dilma e Lula, Henrique dependia apenas que o PMDB mantivesse maioria na Câmara Federal.
Contudo, o PT obteve essa maioria. E, de acordo com a regra não-escrita da Casa, o partido com maioria elege o presidente, exceto casos avulsos e de negociações.
Henrique já iniciou essas negociações. Conseguiu do candidato à presidência da Câmara pelo PT, Cândido Vacarezza, de que PMDB e PT se revezariam na presidência. Contudo, uma corrente petista defende que o PT inicie esse revezamento.
Com o PT na presidência da Câmara em 2011, o PMDB ficaria com a presidência do Senado. Entre os nomes fortes para o cargo, destaca-se o de Garibaldi, que já presidiu a Casa, por duas razões: 1) Por “ter dois votos” no Senado. É que o o pai, Garibaldi Alves, assumirá vaga no lugar de Rosalba Ciarlini, portanto o voto de Garibaldi terá peso duplo. 2) Por uma espécie de “compensação” pela não eleição de Henrique na Câmara, caso isso aconteça.
Ou seja, novamente, bem ao estilo low-profile que o caracteriza, Garibaldi pode ter “de presente” pela 2ª vez, a Presidência do Senado .

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