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Garibaldi e Agripino pregam “voto casado” para o Senado

Cefas Carvalho

“Quem vota em José Agripino para o Senado, vota em Garibaldi. E quem vota nos dois, vota em Rosalba Ciarlini para o Governo”. Frase dita ao microfone pelo senador José Agripino Maia (DEM) na convenção do partido, no dia 26 de junho passado. Vinte minutos depois, o senador Garibaldi Alves Filho disse quase a mesma coisa ao microfome: “Quem vota em mim, também vai votar em Agripino para o Senado e em Rosalba para o Governo”.
O mundo político percebeu com nitidez que Agripino e Garibaldi unificaram o discurso e pregam, pelo menos abertamente, o “voto casado”. Eleitor de um é conclamado a votar no outro. Isso gerou uma pergunta entre os observadores políticos: Wilma de Faria PSB), forte candidata ao Senado, vai usar o mesmo discurso dentro do grupo situacionista?
Afinal de contas, Wilma tem como companheiro de chapa para o Senado o petista Hugo Manso, e é a madrinha da candidatura do vice-governador Iberê Ferreirra de Sousa (PSB) ao Governo. Mas, há quem veja que ela pede de forma muito tímida, votos para os dois. Seria uma estratégia para conseguir o chamado “segundo voto” entre os eleitores de Agripino e Garibaldi.
Podemos especular que é possível. Wilma já foi aliada de Agripino e guarda ligações com o agripinismo. E também foi aliada de Garibaldi.
Nada mais normal que a “Guerreira” queira abocanhar votos entre os eleitores bacuraus e os louristas. Resta saber se, caso Wilma continue sem pedir enfaticamente votos para Iberê e Hugo, o que eles dois próprios acharão da posição da ex-governadora.

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